[FS 3] O garoto é a serpente - Hitsugaya

Era bem cedo, mamãe já havia saído para seu expediente no hospital, como uma das chefes da cirurgia ela sempre saia bem cedo. Meu pai, ainda estava em casa, ele saia um pouco mais tarde, apesar dele sempre falar que "estava a serviço da vila" ou "estava a serviço do clã" eu não saiba dizer exatamente o que era isso, pois ele nunca falava sua divisão.

Desci as escadas coçando os olhos enquanto bocejava. Os cabelos esperados e desarrumados me deixavam com uma aparência terrível.

-- Entregue isso para mim  -- Meu pai estava na varanda, em seu braço uma águia completamente preta segurava em seu pico algo que eu acho ser um papel, mas a distância e o mínimo tamanho Manole permitiam decifrar muito bem.
-- Pai? -- me aproximava bocejando. A águia me olhava distante, mas não voava. -- Que águia é essa? -- Perguntei arregalando os olhos com curiosidade.
-- Ela? É Rumim, minha invocação pessoal -- Assim que meu pai falava a águia levantava voo fazendo uma acrobacia no ar, com um bater de asas um vendaval soprava meus cabelos.
-- Invocação? Você quer dizer a técnica de invocação? -- Perguntei curioso na esperança que ele me ensina-se. Meu pai sorriso ja sabendo o que eu queria
-- Quer aprender? -- Ele sorria se abaixando para ficar n aminha altura.

Rapidamente ele me ensinava os selos de mão, mas já me dava uma advertência
-- Hoje a noite, irei te ensinar a como fazer um contrato Ta bem? Não tente fazer a técnica sem um contrato -- Depois de falar ele batia a mão na minha cabeça -- Nada de experiências hein --

Eu sorri bobo, ele me conhecia muito bem. Depois de alguns instantes estavam os tomando café da manhã e ele se despedia sainda pela porta.

Nessa época, eu ainda não era gennin, na realidade era bem novo, havia acabado de entrar na academia ninja.

-- Sem experiências? Hihihihi -- Corri para o quintal, peguei minha espada de brinquedo, que usava para treinar técnicas de espada e estava pronto para a experiência. Fiz os selos de inovação como instruído pelo meu pai, mas nada ocorria. Sentei no chão chateado, estraguei um pé no outro tirando os sapatos. Mais uma vez fiz os selos da técnica de invocação.

No começo, achei que nada iria aacontecer me enganei. Tudo ficou branco, fiquei submergido em fumaça. No susto pulei ficando de pé, quando me levantei saindo do meio da fumaça. Não estava mais no jardim

-- Queee? -- Pensei alto no susto. Onde eu estava? Não sábia e aquilo me deixou aterrorizado, mas ao mesmo tempo em êxtase, afinal eu estava em um ligar desconhecido, era algo novos uma experiência!

O lugar era escuro, mas existiam alguns feixes de luz que deixavam o lugar pelo menos "observável", a uma espécie de meia luz. O lugar todo parecia uma caverna, era de pedra cinza, com buracos grandes e pequenos por todo o lado.

-- Oooi? -- Chemei. Minha voz ecoou por tudo o lugar. Ninguém respondeu. Nada. Nenhum sinal de vida. Pelo menos foi isso que pensei inicialmente. Segurando minha espada de brinquedo, com as mãos fortes, havia um certo medo, devo admitir. Mas a experiência de encontrar um ligar novo para explorar era maior, isso não me paralisou, muito pelo contrário. Comecei a caminhar olhando os buracos e seguindo em frente.

Algumas vezes, precisei escorregar pelos buracos, pelos túneis, pois as paredes acabavam ou ficavam estreitas demais. Não demorou muito para perceber que tinha algo junto de mim ali. O som de algo se arrastando, muito baixo, a sensação de ser observado, mais e mais vinha a minha mente.

-- Tem alguém ai? -- Perguntei novamente. -- Ahhh! -- Gritei de susto quando alguma coisa caia sobre meus ombros. Me debatendo tirei aquilo do meu corpo e pulei para frente me virando. Era uma cobra. Uma cobra não muito grande, eu julgo algo em torno de 1 metro no máximo. Ela era marrom com algum manchas acinzentadas.

Olhei para cima, varias luzes acenderam, ou melhor, varias olhos. Bem acima de mim havia um grande buraco no teto, dela caíam varias cobras. Sem pensar muito sai correndo. Sabia que cobras eram caçadores vorazes, se eu estivesse em um ninho de cobras as coisas seriam bem ruins.

Aquilo se provou verdade, de tempos em tempos, serpentes diferentes saiam dos buracos e eu corria. Aquilo ocorreu mais vezes do que eu poderia contar.

Quando me dei conta, estava em uma área bem grande, onde vários túneis se encontravam, de todos eles cobras começavam a sair, fazendo um barulho estranho, mas característico de cobras, vários "tchiiiii" vinham a meus ouvidos.

Cercado por uma quantidade gigantesca de cobras eu não sabia bem o que fazer. Afinal, eu nem sabia como havia ido parar lá.

-- Calma gente! Calma! -- Pensei em voz alta, como sempre. Em minha cabeça a técnica de invocação era a culpada, mas eu não sabia bem como retornar a minha casa, precisaria dar um jeito d e me livrar das cobras, mas com uma idade muito jovem, minhas habilidades eram extremamente limitadas, na realidade tudo que eu sabia era algo sobre Liberação de fogo, brincadeiras com espada e só. Nada além disso. Mamãe nem mesmo havia me falado nada sobre o punho gentil, ja que o o byakugan não havia despertado em meus olhos, o sharingan também ainda não. Eu estava lascado.

Analisando rapidamente a situação, encontrei um túnel que parecia possuir muito menos cobras que os outros. Assim, decidi que precisava sair dali é a única opção seria por aquele túnel. Segurei minha espada de brinquedo como se estivesse segurando uma espada de verdade, precisava ser forte e confiante para sair dali. Sempre tive a mania de pensar demais, eu não precisava pensar, precisava agir!

-- Venham então! -- Falei alto, mas em um tom relativamente baixo. Foquei minha atenção no buraco que queria entrar e corri em direção a ele. As cobras que começavam a me atacar pelo caminho era atingidas pela espada de brinquedo, que servia mais para afastar elas do que para causar algum verdadeiro dano.

Uma, duas, três...Dez, vinte, trinta. Existiam tantas cobras ali que eu mal havia conseguir chegar a metade do caminho. Meu corpo já suado, demonstrava sinais de cansaço, em pouco tempo minha energia seria esgotada.

Uma cobra se entrelaçava na minha perna direita. Com um chute eu a soltava, mas uma outra já mordia minha cintura com um golpe certeiro. Uma outra se enrolava no ombro. Em poucos instantes, não conseguia mais ver nada, estava completamente submerso em cobras!

O pânico tomava conta do meu corpo, com dificuldade me debatia sem sucesso, andando cambaleante pelo lugar. As cobras podiam ser venenosas, o que deixava tudo ainda pior. Se todas elas fossem, eu não sairia dali vivo, toda aquela quantidade de veneno me mataria em questão de instantes.

O chão cedeu, de tanto cambalear desesperado, não percebi que pisei em falso, havia um buraco no chão e eu juntamente com as cobras escorregava para dentro dele... Minha consciência estava se esvaindo, tudo estava sumindo.

-- Essa experiência... -- Pensei, mas não falei. Não consegui a falar. Meu corpo já não me obedecia. Com meus olhos forçando se fechar eu lutei, mas foi em vão. Inconsciente desci pelo túnel para mais fundo daquela caverna repleta de túneis e serpentes.

Legenda escreveu:-- Hitsugaya --
-- Usagh Uchiha (Pai) --

Notas gerais escreveu:- O restante do filler será contado na parte II, talvez exista uma parte III, não tenho certeza ainda